A falsidade de uma pintura pode resultar de ter sido efectuada num determinado momento com a intenção de ser atribuída a uma outra época ou, mais especificamente, por ter sido executada por um pintor com o objectivo de passar como sendo de outro artista. Ou, ainda, tais intenções podem não ter sido as do autor, mas de quem pretende aproveitar-se da obra.
Quando a questão da falsidade se coloca em termos de época, pode-se tentar datar a pintura e procurar evidências das técnicas utilizadas com o objectivo de transmitir à obra um aspecto mais antigo do que aquele que naturalmente teria de acordo com a sua real idade. Por exemplo, pode-se averiguar se há evidências de uma reutilização do suporte ou se a alteração da obra, nomeadamente o estalado, resultou de um processo espontâneo ou foi artificialmente provocado por uma aceleração dos processos químicos ou se foi imitado por pintura.
Quando a questão da falsidade se coloca em termos de um autor, além disso, é necessário comparar-se essa obra com outras do autor, com temática, dimensões e outras características semelhantes às da pintura em causa.
Deve notar-se que embora seja importante comparar a assinatura com outras, caso a obra esteja assinada, uma assinatura falsa não implica que a pintura também o seja, já que é possível colocar-se uma assinatura (falsa) sobre uma obra não assinada — o que não é raro.